Terminal Libra Rio: Terrível! E o que fazem os armadores?
Começamos este artigo agradecendo a participação de todos que divulgaram via e-mail e compartilharam nas redes sociais o artigo Terminal Libra Rio: Piorou! Agora está horrível!. Agradecemos a todos que fizeram suas denúncias junto à ANTAQ através da internet nesse link . Precisamos fazer chegar aos responsáveis pela fiscalização todos os problemas que os usuários passam. Estamos dando um “BASTA” ao desprezo dos gestores (presidente e diretores) do TERMINAL LIBRA RIO. Diante da grande repercussão do artigo, recebemos muitos questionamentos acerca da atuação dos armadores junto ao terminal, pontualmente, no sentido de cobrarem uma solução ao caos que ali se apresenta. De fato, diante do péssimo resultado que o TERMINAL LIBRA RIO proporciona, todos estão descrentes de que os armadores cobrem eficiência do terminal para os usuários. No dia a dia, o que se vê, é um tratamento preferencial destinado aos armadores. Quando um navio está operando, por exemplo, o recebimento e a entrega de containers que, normalmente é péssimo, vira um verdadeiro horror. E o que falar da falta de janelas do período diurno para a reposição containers de vazios? Quem enche de cargas o TERMINAL LIBRA RIO, ou qualquer outro terminal, é o armador. Então, conclui-se que eles são os grandes clientes do terminal e o terminal priorizará seus grandes parceiros e fará tudo o que estiver ao seu alcance, ainda que isso signifique prejudicar exportadores e importadores, para que, principalmente, as operações dos navios transcorram bem e para que as demais necessidades das cias. de navegação sejam satisfeitas. Os armadores deveriam cobrar do terminal uma postura mais profissional, mais ética e mais humana para com seus clientes. Sim, os clientes dos armadores são usuários exportadores e importadores, e fazem parte da massa que é mal tratada pelo TERMINAL LIBRA RIO. Os armadores deveriam ser responsabilizados por todos os prejuízos que o TERMINAL LIBRA RIO dá aos seus clientes exportadores e importadores. E quem deve cobrar isso são os próprios exportadores e importadores. Então, dando sequência ao que afirmamos no terceiro artigo, quando o comercial de um armador que opera no TERMINAL LIBRA RIO visitar você em sua empresa e oferecer serviços através desse terminal, esteja certo de que também estará te conduzindo ao inferno. Um armador busca o terminal visando a negociar o melhor resultado de custos, que tornarão seus serviços mais competitivos. Note que se trata de uma negociação que visa a resultados operacionais que refletirão em movimentação de TEUS e valores da Cesta de Serviços (Box Rate), onde está inclusa também a capatazia que todos os embarcadores e consignatários pagarão diretamente à empresa de navegação. Os demais serviços executados pelo terminal portuário serão cobrados diretamente dos clientes do armador e, a princípio, valerá a chamada tabela pública, que, em tese, é o valor mais alto praticado pelo terminal portuário. Veja que neste ponto o armador jogou o cliente dele nas mãos dos terminais. No caso do TERMINAL LIBRA RIO, podemos dizer que o armador jogou seus clientes aos leões que irão devorá-los. A partir do momento que o armador decide atracar seus navios em um determinado terminal, está abrindo duas pontas de venda de serviços. A primeira é a do seu próprio comercial que sairá a campo vendendo freneticamente os serviços de transporte, buscando atingir as metas estabelecidas pela diretoria da empresa de navegação. A segunda é a do comercial do terminal que irá a campo buscar clientes que tenham negócios de exportação e importação nas rotas operadas pelo armador que está trabalhando com o terminal. Note, então, que está configurada, ainda que de forma subjetiva e informal, uma grande parceria comercial entre terminal e armador. Como existe um interesse em comum por trazer mais cargas, um passa a contribuir com o outro e, não nos causaria estranheza se verificássemos que essas vantagens comerciais fazem parte das negociações do “Box Rate”, pois o capitalismo também gira em torno do poder de barganha. Em outras palavras quanto maior a capacidade do armador em trazer negócios para o terminal, quanto maior o volume de cargas, ou mais específica for a rota, as vantagens comerciais crescem e os custos do armador serão reduzidos, o que permitirá que as vendas de frete marítimo sejam ainda mais competitivas por conta da capatazia e dos custos operacionais do navio. A carga é colocada no terminal em função dos armadores. Os armadores estão vendo o show de horrores que o TERMINAL LIBRA RIO proporciona aos seus clientes. O que eles fazem para ajudar seus clientes? Ora, vendo como o terminal trata os usuários, não conseguimos acreditar que os armadores atuem incisivamente a favor dos seus clientes. As vantagens dos armadores não terminam nos valores e na operação propriamente dita. Na importação, por exemplo, tem ainda o impedimento de saída da carga nos casos em que o “Frete Armador” do SISCARGA está bloqueado pela empresa de navegação. Não existe norma que obrigue um terminal a reter a carga por este motivo, mas fazem mesmo assim. Fazem para atender as necessidades de seus grandes clientes armadores, de forma a garantir o adimplemento dos fretes e demais cobranças de seu parceiro. Alguns leitores relataram que os armadores preocupam-se apenas com os problemas de exportação e atuam com força contra o TERMINAL LIBRA RIO no caso de falta de janelas, porque é interesse dele embarcar as mercadorias. Porém, se o navio estiver lotado e/ou verificar que a carga não é interessante naquele momento, alegam que não serão vistos grandes esforços, porque carga arrolada gera custos ao armador. Temos esta sensação também. Na importação a coisa é critica. A alegação é que depois que descarregam as mercadorias, viram literalmente as costas para seus clientes, deixando-os nas mãos de seu contratado, ou seja, do terminal. No TERMINAL LIBRA RIO os importadores sofrem. Pior é que muitos alegam contatar para os armadores buscando ajuda e recebem como resposta que não podem intervir, pois é uma relação entre cliente e terminal. Já ouvimos isso! Bem, os defensores dos armadores dirão que os armadores cobram melhorias sim, que os clientes