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Vender para o exterior: 05 mitos que você precisa se livrar

Vender para o exterior é um sonho de 10 entre 10 empresas.

Você com certeza já ouviu que ter receita em dólar, aproveitar o aumento repentino do dólar e fugir dos efeitos sazonas do mercado interno são algumas das vantagens que uma empresa exportadora possui. Mas por que ainda muitas empresas ainda não estão lá?

A resposta pode estar na crença limitante de algumas empresas, de interpretações negativas, sobre o processo de colocar os seus produtos no exterior, que poderia gerar resultados extraordinários e duradouros.

Neste artigo você conhecerá os seguintes mitos:

  • Abrir uma exportadora é caro e complexo
  • Empresa pequena não consegue exportar
  • Vender para o exterior custa muito caro
  • O mercado interno é suficiente para o sucesso da sua empresa
  • Investir no exterior é tirar empregos do Brasil

Ao fim deste conteúdo você saberá como levar o seu negócio para o próximo nível de sucesso, e estar em várias prateleiras pelo mundo.

Confira!

Mito 01: Abrir uma exportadora é caro e complexo

Não, não é.  Vender para o exterior segue o mesmo roteiro que no mercado interno.

É necessário ter uma empresa formalizada, com CNPJ, estar estabelecido em um local (não pode ser virtual), com alvará de localização, ser contribuinte do ICMS, e dependendo do tipo de atividade econômica exigida, também será preciso ter registro em outros órgãos.

Segundo levantamento da Endeavor, abrir uma empresa no Brasil demora, em média, 117 dias para ter todos os registros, alvarás e licenças em mãos. Nos países desenvolvidos, a média não passa de cinco dias corridos.

O custo para que todos os formulários obrigatórios sejam preenchidos, as formalidades estatais cumpridas, como Junta Comercial, Receita Federal, Prefeitura, Corpo de Bombeiro, Secretaria de Estado e Fazenda, e outras coisas mais, gira em torno de 3 a 4 salários mínimos.

No fim, depois da empresa formalizada, CNPJ e Inscrição Estadual em mãos, é hora de requerer a habilitaçãono Radar/Siscomex.

O Radar/Siscomex é uma autorização concedida pela Receita Federal do Brasil para todas as empresas que irão atuar no comércio exterior.

A exportação está inserida na submodalidade Expressa, e a solicitação é feita diretamente no Portal Habilita.

O sistema apenas verificará os dados necessários para o deferimento do pleito, evitando o ritual burocrático de entrega de documentos e análise detalhada por um servidor da Receita Federal.

Em poucos cliques, com o e-CPF do Responsável Legal, esta etapa estará concluída.

Mito 02: Empresa pequena não consegue exportar

É bem verdade que o valor exportado no Brasil está concentrado nas empresas de grande porte. Mas segundo dados da Secretaria de Comércio Exterior (SECEX), embora representem, em volume financeiro, apenas 1,2% das exportações, as micro e pequenas empresas já são praticamente metade (49,6%) do total de exportadores brasileiros.

O sucesso na exportação é um conjunto de variáveis, que trabalham interligadas, e que vai além de ter um produto com vocação internacional.

Mas vender para o exterior é possível para qualquer tipo e tamanho de empresa.  Os números são promissores, e certamente em algum lugar do mundo há um potencial para um produto brasileiro.

Para que este sucesso aconteça, é necessário o desenvolvimento de tecnologias da informação, que ajudarão na gestão das informações da marca, do mercado, dos concorrentes e das ameaças e oportunidades que o negócio passa.

Um produto inovador na exportação é a combinação entre antecipação de tendências e a capacidade de adaptação da empresa. De nada adianta ter um produto incrível, sem que o público entende o seu benefício.

Uma empresa que torna o café num creme, que pode ser servido com leite quente ou gelado, como se fosse um cappuccino, porém ainda mais cremoso, menos doce, mais saudável, muito mais saboroso e numa grande variedade de sabores, criou um produto inovador.

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Mito 03: Vender para o exterior custa muito caro

Uma posição forte no mercado interno significa que ou você é líder de mercado, ou está próximo dele.

Uma empresa que sequer consegue liderar o seu mercado, certamente não terá sucesso lá fora.  O Core Businesse a Expertiseque ela desenvolveu junto aos seus playersvai servir de combustível para enfrentar os concorrentes lá fora.

Por outro lado, uma empresa que não consegue colocar os seus produtos no melhor shopping do seu estado ou país não está preparada para vencer os desafios que o mercado externo exige.

Vender para o exterior vai exigir do empreendedor investimento em inovação e tecnologia, além de qualificar o seu produto para o mercado externo. As expansões internacionais necessitam de investimentos para estrutura as operações até que elas sejam autossuficientes, e a fonte de recurso desta operação será o mercado interno.

Mas obter o capital necessário para o projeto exportador é possível através das agências fomentadoras, como a APEX, ou através de programas de qualificação, como o PEIEIX.

O Programa de Qualificação para Exportação (PEIEX) é um instrumento de caráter estruturante aos setores e de reforço da base exportadora do Brasil.

O objetivo do PEIEX é estimular a competitividade e promover a cultura exportadora nas empresas, qualificando e ampliando os mercados para as indústrias iniciantes em Comércio Exterior.

E a APEX promove projetos setoriais que irão elevar o potencial exportador das empresas interessadas. Praticamente todos os setores da economia brasileira são atendidos pela Apex-Brasil.

Estes projetos têm como objetivos:

  • Facilitar o acesso das empresas brasileiras aos principais mercados internacionais;
  • Prospectar oportunidades de negócios de exportação; 
  • Melhorar a percepção internacional sobre as empresas, produtos e serviços brasileiros.

E as ações desenvolvidas nestes projetos são:

  • Missões empresariais;
  • Rodadas de negócios; 
  • Apoio à participação em feiras internacionais; 
  • Visita de compradores estrangeiros ao Brasil;

Ou seja, empresa de qualquer tamanho pode participar deste processo de qualificação exportador, a um custo muito baixo.

Mito 04: O mercado interno é suficiente para o sucesso da sua empresa

É bem verdade que vender em país continental como o Brasil traz um conforto muito grande. Não temos a barreira da língua, a diferença cultural pode ser vencida com alguma facilidade, e as regras internas são iguais para todos.

Mas por ter um mercado de 08 milhões de km2, então a empresa não deve ter olhos para o exterior? Aqui está um mito que precisa ser combatido.

Vender para o exterior significa redução de riscos. Empresas que conseguem estar em diversos países estão menos expostas às alterações cíclicas do mercado interno, ou na sua área de atuação.

A exportação aumenta o volume das vendas. Iniciar o processo de venda para novos mercados, principalmente em locais em que nunca atuou, implica no aumento do volume de vendas, o que aumentará o fluxo de receita em moeda forte.

Também é necessário informar que a venda ao exteriorreduz as demandas sazonais. Empresas com produtos que são utilizados apenas em determinadas épocas terão a possibilidade de ampliar o seu ciclo de venda atuando em outros mercados.  Isto ajuda a equilibrar a receita exportadora durante todo o ano.

Mito 05: Investir no exterior é tirar empregos do Brasil

Este é um mito que pode ser classificado como ideológico, algo de quem não entendeu que o mercado hoje é global, e uma empresa no seu bairro pode ter a competição de alguém do outro lado do atlântico.

Cada vez mais as empresas brasileiras descobrem os benefícios da ampliação internacional de suas operações e a relação direta com ganhos de competitividade e aumento dos seus negócios no exterior.

Os investimentos no exterior ajudam as empresas a acessar novos mercados e assim aumentar o potencial exportador de seus produtos.

O aumento destes investimentos possibilitará o aumento da exportação, e por conseguinte aumento da produtividade local e geração de emprego e renda.

Marcar uma posição forte no exterior significa ter clientes exigentes, o que obriga as empresas serem mais produtivas, inovadoras e competitivas.

As economias mais pujantes no mundo possuem políticas bem estruturadas e consistentes de apoio aos investimentos de suas empresas no exterior.

Fique atento!

Não imagine a exportação como saída para crise.  Um empresário que acabou de acordar e a primeira notícia que leu foi de que o dólar disparou, não pode imaginar que vai virar exportador da noite para o dia.

Vender para o exterior requer planejamento de longo prazo, adaptação do seu produto às exigências locais daquele mercado, e nem sempre o dólar vai lhe ser favorável. E quando isto acontecer, ainda assim vai ser preciso manter os embarques contratados.

Um produto sem qualidade no mercado interno jamais terá sucesso no mercado externo.  O mercado global, sobretudo aqueles mais maduros, são exigentes e a concorrência é acirrada.  Se você não possui design, inovação, embalagem customizada ou política de qualidade, jamais pense em entrar no mercado internacional.

Aproveite o potencial exportador que o seu produto possui, e comece agora a pensar em vender para o exterior os seus produtos imediatamente.

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Carlos Araújo

➡️ Autor do Livro Importação Sem Segredos, do Zero ao Seu Armazém
➡️ Empresário, despachante aduaneiro e especialista em importação empresarial.
➡️ São mais de 19 anos ajudando e inspirando pequenos e médios empresários, a importar de qualquer lugar do mundo para revender
➡️ Sua missão é simplificar os passos da importação empresarial, cortando os intermediários e aumentando os lucros
➡️ Criador da Mentoria Nos Bastidores da Importação, em que ajuda empresários a dar os primeiros passos na importação

Analista de Importação Profissional

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