Como Aumentar o Faturamento Com a Exportação

aumentar o faturamento

Os empresários brasileiros não tem dúvida de que a exportação é um excelente negócio para o crescimento sustentável da economia, e principalmente, dos seus negócios. A exportação é a melhor escola de competitividade para uma empresa.  Em termos concretos, ela irá utilizar melhor a base instalada da empresa e com isto aumentar a produtividade. RECEITAS EM MOEDAS FORTES Exportar é a certeza de receita em moeda forte e com isso o aumento dos lucros.  Também assegura a queda na dependência do mercado interno, que pode variar de acordo com as mudanças na política econômica do governo. Exportar também é sinônimo de melhoria na qualidade do produto. Quando se ingressa no mercado internacional, a empresa estará suscetível às exigências do mercado local. É bastante comum que empresas exportadoras passem a adotar programas de qualidade, desenvolvendo testes e implementando mecanismos que garantam a sua qualidade, para evitar problemas com a devolução de mercadorias pelos importadores, e isto passa a se tornar uma realidade também ao mercado interno. É POSSÍVEL AUMENTAR DO FATURAMENTO COM A EXPORTAÇÃO Com a exportação, a empresa tem acesso a outros mercados, o que gera um aumento natural das vendas e lucros, compensando o investimento feito para comercialização no exterior. Sem falar, também, na possibilidade de diminuição da carga tributária, em virtude da compensação do recolhimento de impostos nacionais. Mas o ponto fundamental neste novo processo é colocar a exportação dentro da sua estratégia. Não é possível que se pense em novos canais no exterior somente quando tivermos crises internas, ou quando a volatilidade cambial estiver favorável ao exportador. Explorar novos canais de vendas no exterior precisa ser precedido de um plano estratégico, que esteja alinhado com aquilo que você definiu como diferencial. Não dá para decidir que você vai começar a exportar e fazê-lo imediatamente. Mas voltando a ponto principal: como é possível aumentar o faturamento do seu negócio com a exportação? Para responder a esta pergunta, eu fiz um bate papo com a Nathália Mamede, especialista em Negócios Internacionais, que trago neste vídeo abaixo.

Canais de vendas: porque sua empresa deveria explorar outros modelos

Canais de Vendas

O Brasil é uma economia de mais de 6 trilhões de reais, com uma extensão territorial digna de um continente, e gerenciar os canais de vendas internos seria similar com uma logística internacional. A título de comparação, o Reino Unido caberia apenas dentro de São Paulo e a Bahia é apenas um pouquinho menor do que a França.  E ter sucesso internamente no Brasil pode ser um pré-estágio para fazer o seu produto ser distribuído no exterior com eficiência. Considerando números atuais, o Brasil representa 1,34% de todas as exportações mundiais. Somos a 9ª economia do mundo, mas apenas a 23º entre os principais exportadores. E com mais de 10 milhões de empresas em atividade, pouco mais de 25 mil conseguem exportar. Ou seja, temos muito espaço para crescer, não? Mesmo com uma economia gigante, com a brasileira, o empresário precisa ficar atento em oportunidades mercado internacional pode oferecer. Neste artigo você irá conferir alguns pontos que lhe auxiliarão na exploração de outros canais de vendas para o seu produto. A importância do mercado interno nos seus negócios Com mais de 200 milhões de habitantes, muitos empreendedores começam focam o sue negócio em atender exclusivamente todo o território nacional. Acreditam na facilidade cultural, de não haver a barreira da língua e da possibilidade de vender o mesmo produto sem grandes adaptações, e que isto vai trazer lucros maiores e duradouros. Mas no mercado interno, o aumento da sua participação depende, quase que exclusivamente, da atividade econômica que o país passa. Economias em crescimento trazem oportunidades para todos os envolvidos. Mas em períodos de recessão ou de sazonalidade do seu mercado, ou até mesmo por aumento da competitividade, a empresa precisa ter uma estratégia da redução da dependência do mercado interno. Com a busca por novos canais de vendas no exterior, a empresa fica menos vulnerável às mudanças drásticas de demanda do mercado interno, diminuindo facilmente a sua capacidade ociosa, aproveitando a redução de seus custos fixos na produção. Por que expandir os canais de vendas para o exterior? Vender para o exterior é uma excelente alternativa de desenvolvimento da empresa.  As empresas que iniciam o processo exportador conseguem resultados financeiros melhores do que aquelas que só atuam no mercado interno. Não só no campo financeiro, as vendas para o exterior induzem a expansão de mix de produtos, pulveriza a receita e os riscos, e trazem o crescimento da produtividade. As vendas externas também reduzem a dependência do mercado interno, que pode sofrer com choques econômicos internos, ou com a entrada de produtos semelhantes, ou mais ainda com a sazonalidades que o seu produto possui. Com o início das expansões dos canais de vendas, a empresa vê a necessidade de produzir em maior quantidade, com qualidade superior, investindo em tecnologia e inovação, para se tornar competitiva no mercado internacional, o que trará benefícios, também, para a sua atuação no mercado interno. [epico_capture_sc id=”20887″] Vender para o exterior é para a sua empresa? Levar o seu negócio atual para o próximo nível de jornada, da busca por novos canais de vendas no exterior, tornou-se muito simples nos últimos anos. O Governo Federal implantou o Novo Processo de Exportação e com isso reduziu barreiras, procedimentos e custos. Desde 2015 que este jogo vem mudando, e hoje o processo de credenciamento de uma empresa para se tornar exportadora na Receita Federal não dura mais do que 5 minutos (com apenas 4 cliques do mouse). Em 2017 foi implantado o Portal Único de Comércio Exterior, eliminando informações em duplicidade, integrando os diversos atores envolvidos em uma exportação, e reduzindo sensivelmente o custo de exportar, sobretudo para a Pequena e Média Empresa. Com isso, diversas empresas passaram a desfrutar dos benefícios de se ter receita em moeda forte e aumento dos lucros. Estas mesmas empresas passaram a depender menos do mercado interno, seja por mudanças na política econômica do governou ou por questões de sazonalidade. Mas um mito comum nos empresários que só atuam no mercado interno, é de que a exportação não é para a pequena e média empresa. Mas este mito não é verdadeiro. A exportação brasileira ainda está concentrada nas empresas de grande porte. Mas segundo dados da Secretaria de Comércio Exterior (SECEX) as micro e pequenas empresas já são praticamente metade (49,6%) do total de exportadores brasileiros. Dados do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC) indicam um um crescimento de 10,6% (ou US$ 218 milhões) no ano de 2016, com um crescimento sustentável desde 2013. Ou seja, mesmo com tantas dificuldades, juros altos e falta de crédito, os pequenos negócios têm conseguido furar bloqueios e se posicionar no cenário das exportações. Por onde começar nestes novos canais de vendas? O ponto fundamental neste novo processo é colocar a exportação dentro da sua estratégia. Não é possível que se pense em novos canais no exterior somente quando tivermos crises internas, ou quando a volatilidade cambial estiver favorável ao exportador. Explorar novos canais de vendas no exterior precisa ser precedido de um plano estratégico, que esteja alinhado com aquilo que você definiu como diferencial. Não dá para decidir que você vai começar a exportar e fazê-lo imediatamente. O próximo ponto importante nesta jornada é a análise detalhada do sue produto, e se ele é qualificável como tipo exportação. Oferecer um produto competitivo é essencial, e isso pode estar relacionado com o preço ou qualidade, ainda, os dois em conjunto. O último ponto nesta decisão de estar no exterior obriga uma análise detalhada do mercado. É preciso avaliar a viabilidade da exportação, passando pela escolha do mercado alvo, análise da demanda interna, possíveis exigências técnicas e sanitárias que aquele local impõe, além de questões burocráticas, logísticas e de adaptações do produto. Existem inúmeras ferramentas gratuitas, disponíveis na internet, que auxiliarão na sua tomada de decisão. Você só precisa decidir explorar estes novos caminhos, e colocar a mão na massa. Aproveite o potencial exportador que o seu produto possui, e comece agora a explorar outros canais de vendas.

Exportar: 07 coisas que você não pode deixar de analisar

Ninguém tem dúvida da importância do comércio internacional. Exportar, na visão de todos, é uma excelente solução. Mas se o negócio é bom, por que muitas empresas ainda não estão no mercado externo? Ao longo dos meus vários anos de experiência, percebo que vários empresários possuem o desejo de exportar, mas poucos tomam a iniciativa de dar o primeiro passo. Seja por falta de experiência ou por achar que não está preparado, muitos adiam esta importante decisão, mesmo tendo um produto com vocação internacional. E você, o que falta para você para ingressar neste mercado? 1 – O cenário exportador das Micro e Pequenas Empresas (MPEs) O cenário internacional tem oferecido enormes desafios ao desejo de exportar das empresas brasileiras, sobretudo para as pequenas e médias empresas. Segundo dados do Sebrae, em 2015 o Brasil contou com 12.163 empresas exportadoras, sendo que 6.803 eram empresas de pequeno porte e 5.360 microempresas. As MPEs representam 61% das empresas exportadoras no Brasil. O valor total exportado, para o mesmo período, foi de US$ 1,97 bilhão, representando 1,03% das exportações brasileiras, o que indica que apesar de um quantitativo muito grande de empresas atuantes, o valor exportado ainda é baixo. Esta baixa participação no valor exportado pode ser explicada pela dificuldade encontrada no processo exportador, desde a negociação até o embarque do produto. Segundo o estudo “Desafios à competitividade das exportações brasileiras”, realizado pela CNI e FGV, as exportações brasileiras levam 13 dias para ser concluídas, enquanto na Alemanha levam 9 e nos EUA, 6 dias. Custo e prazo são primordiais para o sucesso no exterior. O chamado Custo Brasil, termo genérico que traduz o conjunto de dificuldades e barreiras encontradas pelo empresário brasileiro, está no centro das atenções de todos. Segundo a pesquisa, os três principais problemas às exportações brasileiras são: a) Alto Custo de Transporte, b) tarifas cobradas por portos e aeroportos, c) baixa eficiência governamental. 2 – Por que exportar? A exportação é a melhor escola de competitividade para uma empresa.  Em termos concretos, ela irá utilizar melhor a base instalada da empresa e com isto aumentar a produtividade. Com as vendas para o mercado externo, haverá a otimização dos seus custos de produção, trabalhando a produtividade com eficiência e excelência, reduzindo perdas com a capacidade ociosa existente, aumentando com isso a lucratividade dos negócios. Exportar é a certeza de receita em moeda forte e com isso o aumento dos lucros.  Também assegura a queda na dependência do mercado interno, que pode variar de acordo com as mudanças na política econômica do governo. Exportar também é sinônimo de melhoria na qualidade do produto. Quando se ingressa no mercado internacional, a empresa estará suscetível às exigências do mercado local. Mercados desenvolvidos exigem de seus fornecedores normas e procedimentos, que muitas vezes são desconhecidas do seu dia-a-dia local. Assim, ao adaptar o seu produto àquelas exigências, existe a possibilidade de a empresa internalizar a mudança e tornar rotineira aos seus clientes brasileiros. É bastante comum que empresas exportadoras passem a adotar programas de qualidade, desenvolvendo testes e implementando mecanismos que garantam a sua qualidade, para evitar problemas com a devolução de mercadorias pelos importadores, e isto passa a se tornar uma realidade também ao mercado interno. Por último, a exportação tende a evitar a sazonalidade. Diferentemente da queda da demanda interna por conta de ajustes na política econômica, há produtos que vendem apenas alguns meses do ano. E o que será feito com o restante do período para a produção?  A solução pode estar no mercado externo. [epico_capture_sc id=”20887″] 3 – Exportação direta ou indireta No Brasil, qualquer empresa que esteja se preparando para o mercado internacional, vai precisar gerenciar as seguintes questões: Tributária – Emissão de Notas Fiscais, de ter certificados digitais específicos para esta emissão, controles contábeis específicos e completos; Operacionais – Habilitação no Radar, emissão da DU-E (Declaração Única de Exportação), Emissão de Fatura Comercial, Packing List, Conhecimento de Embarque e Certificados de Origem; Logísticos/Aduaneiros – Cuidar dos trâmites burocráticos aduaneiros, do embarque da carga, da emissão dos documentos e das obrigações cambiais. Então, ou a empresa vai fazer tudo isto sozinha, internalizando todas as obrigações, ou vai entregar estas questões para alguém que domine todos os processos, além de poder encontrar o comprador no exterior. É por isto que as exportações podem ser classificadas como direta ou indireta. Uma exportação direta caracteriza-se pela administração das vendas ao exterior, e o embarque, pelo próprio fabricante.  Ela internaliza o departamento de exportação, montando equipe, gerenciando pedido e logística, cuidando dos trâmites aduaneiros, logísticos e comerciais. A principal vantagem de trabalhar nesta modalidade é manter o controle de tudo que acontece em todas as fases da exportação, além de reter a lucratividade que daria a um terceiro. Mas nem todas as empresas iniciantes têm à sua disposição recursos materiais, tecnológicos, humanos e expertise para proceder sozinho com uma operação, e isto pode se tornar um fardo a ser carregado. Já uma exportação indireta é caracterizada pelo envio das mercadorias ao exterior por uma empresa diferente daquela que produz. Significa que haverá a intermediação de uma trading entre o produtor e o comprador no exterior. A principal vantagem de se exportar nesta modalidade, é que a necessidade de conhecimento das normas e trâmites burocráticos, ou até mesmo obrigações acessórias exigidas localmente, são de responsabilidade deste intermediário, não necessitando do fabricante de uma estrutura própria. Empresas que optam por exportar indiretamente, normalmente não possuem conhecimento técnico e capital necessário para implementar a condução do processo dentro da sua própria estrutura. Optam por entregar esta etapa para alguém que já domina o dia-a-dia, além deste ser, na maioria dos casos, o detentor do cliente no exterior. Regra geral, as empresas começam com a exportação pela via indireta, e na medida em que o tempo vai passando e a experiência sendo adquirida, optam por dar passos maiores e internalizar o processo exportador. 4 – A questão tributária na exportação A exportação no Brasil é desonerada. Exportar não é um ato de enviar tributos ao exterior.

DU-E: Visão Geral na Exportação

A DU-E é um documento eletrônico que contém informações de natureza aduaneira, administrativa, comercial, financeira, tributária, fiscal e logística, que caracterizam a operação de exportação dos bens por ela amparados e definem o enquadramento dessa operação. A DU-E servirá de base para o despacho aduaneiro de exportação, em substituição aos atuais Registro de Exportação (RE), Declaração de Exportação (DE) em suas versões na web e no Grande Porte e Declaração Simplificada de Exportação (DSE). Mas recentemente, foi criado o Portal Único do Comércio Exterior (https://portal.siscomex.gov.br), que englobou várias ferramentas em uma única plataforma, e há pouquíssimo tempo foi publicada a IN RFB 1702/17, que instituiu a DU-E (Declaração Única de Exportação). Os controles aduaneiro e administrativo de uma exportação realizada por meio de DU-E são efetuados por intermédio de módulos especializados do Portal Siscomex. Em minha opinião, esta mudança é revolucionária. O processo, por enquanto, vai ser paralelo, já que há muitas restrições do que pode e do que não pode ser feito por intermédio do DU-E. Mas eu não tenho dúvida que estas restrições são apenas adequações, até que os operadores de comércio exterior estejam adaptados, e as entidades gestoras possam testar os processos, ferramentas e sistemas envolvidos. Neste vídeo eu faço uma visão geral do que é este novo documento eletrônico e como ele irá facilitar e acelerar as exportações brasileiras. Te vejo nas minhas redes sociais: ➜ Meu site: http://comexblog.com.br ➜ Facebook: http://www.facebook.com/comexblog ➜ Instagram: http://www.instagram.com/comexblog

DU-E: a revolução nas exportações do Brasil

A legislação operacional de exportação no Brasil precisava de uma mudança. Ainda trabalhamos no despacho aduaneiro com uma instrução normativa de 1994 (IN RFB 28/94). De lá pra cá muita coisa aconteceu. Criamos o Siscomex Exportação (o cara preta) e o Importação (VB ou Desktop), ambos já substituídos pela versão Web. Mas recentemente, criamos o Portal Único do Comércio Exterior (https://portal.siscomex.gov.br), que englobou várias ferramentas em uma única plataforma, e há pouquíssimo tempo foi publicada a IN RFB 1702/17, que instituiu a DU-E (Declaração Única de Exportação). Apesar de embrionária, e trabalhando em paralelo com o formato antigo (Cara Preta / IN 28/94), o novo processo de exportação, realizado por meio de Declaração Única de Exportação (DU-E), busca adequar o controle aduaneiro e administrativo ao processo logístico das exportações, de maneira a realiza-los de maneira eficaz e segura, porém sem causar atrasos desnecessários ao fluxo das exportações. Os controles aduaneiro e administrativo de uma exportação realizada por meio de DU-E são efetuados por intermédio de módulos especializados do Portal Siscomex. Em minha opinião, esta mudança é revolucionária. O processo, por enquanto, vai ser paralelo, já que há muitas restrições do que pode e do que não pode ser feito por intermédio do DU-E. Mas eu não tenho dúvida que estas restrições são apenas adequações, até que os operadores de comércio exterior estejam adaptados, e as entidades gestoras possam testar os processos, ferramentas e sistemas envolvidos. Mas você deve estar se perguntando: quando o DU-E começar a funcionar serão extintas, de imediato, a Declaração de Exportação, a Declaração Simplificada de Exportação e o Registro de Exportação? A resposta é NÃO (por enquanto). [epico_capture_sc id=”20887″] Mas o propósito é este mesmo, extinguir estes três documentos aduaneiros, que hoje se sobrepõem, gerando retrabalho para quem está no front de batalha da exportação. Hoje, o primeiro documento a ser emitido é o RE. Em seguida, vem a NF e por último a DE. Com esta nova tratativa, a base de dados das informações para o DU-E será a Nota Fiscal. A partir do XML da NFe, o exportador ‘importará’ estas informações para o Siscomex e seu documento aduaneiro estará pronto. E o que se espera de resultados práticos com esta implementação? Para mim, eliminar o retrabalho e a tramitação de papéis (físicos) antes e durante o processo operacional. Quer um exemplo? Hoje a presença de carga ainda é um processo manual, em que o fiel depositário necessita entrar no siscomex e atestar que aquela mercadoria se encontra no porto, mesmo com todos os controles de entrada do contêiner na portaria, de pesagem, etc. Com o DU-E, a apresentação da carga para despacho (ACD) é automático, substituindo-vos a presença de carga e o envio da carga para despacho. E o trânsito aduaneiro? Este é o carma de quem está em um porto de menor expressão e suas exportações necessitam ser enviadas até outro local de embarque. Atualmente é feito um Trânsito Aduaneiro para cada operação. Com a nova modalidade, por exemplo, para um veículo contendo cargas de centenas de DU-E, apenas uma declaração de trânsito será necessária para todo o veículo. Ótimo, não? Conhecer a IN SRB 1702/17 tornou-se obrigatório para todos que trabalham no operacional de exportação.

A Fase Pré-Embarque da Exportação

A fase pré-embarque na exportação é uma das mais importantes da operação. Ela obriga um amplo planejamento, que envolve a condução logística, a preparação documentação, a inspeção do carregamento e o cumprimento de prazos, como o deadline de draft e de carga. O responsável pela condução do processo nesta fase é o analista de exportação. É ele quem gerencia as tarefas, delega obrigações e cobra resultados de cada um dos prestadores de serviços envolvidos, seja interna ou externamente. No dia-a-dia das empresas, o analista de exportação é responsável por cada etapa operacional, e muitas vezes um erro neste momento pode custar as operações futuras daquele importador. Ou mais ainda, pode custar o cancelamento daquele embarque. O erro mais comum está ligado as questões logísticas, como data e local de ovação do contêiner, ou ainda, documentos emitidos erroneamente e que não possibilitarão cumprir os deadlines previstos pelo armador, como o de draft e/ou de carga. Neste vídeo eu explico cada um dos detalhes envolvidos e dou dicas importantes para quem não quer errar. Se você quiser conhecer mais sobre cada uma destas etapas, assista a este vídeo e depois deixe seus comentários ou dúvidas.

Mercosul: futuro indefinido

O prazo para que as demais nações associadas à Organização Mundial do Comércio (OMC) reconheçam a China como economia de mercado terminou, mas EUA, União Europeia, Japão e outros países continuam a afirmar que o governo chinês continua interferindo na economia, praticando dumping, ou seja, colocando no mercado planetário produtos a preços subsidiados. A disputa aumenta os riscos de uma guerra comercial que, certamente, trará conseqüências para o Brasil e para o Mercosul. Acontece, porém, que o Mercosul hoje, por problemas políticos internos, não tem condições de organizar uma reação consensual diante das atuais tendências globais, que não só incluem um possível boicote ao governo chinês como a formação de megablocos, que, obviamente, não contemplam os países do Cone Sul. Por exemplo, nenhum membro do Mercosul integra o Tratado Transpacífico (TTP), que reúne cinco países do continente americano (EUA, Canadá, México, Peru e Chile), cinco asiáticos (Japão, Malásia, Vietnã, Cingapura e Brunei) e dois da Oceania (Austrália e Nova Zelândia). Esse acordo, que abrange 11% da população mundial, 35% do Produto Interno Bruto (PIB) planetário e 25% do comércio global, pretende reduzir a zero mais de 90% das tarifas dos bens comercializados entre seus parceiros. Seu início está previsto para 2017. [epico_capture_sc id=”20887″] O Mercosul tampouco fez parte das negociações para a criação do TTIP (Parceria Transatlântica de Comércio e Investimento), que deveria abarcar, mesmo sem a participação da China, 75% do comércio de bens do planeta. Com o fracasso das negociações entre EUA e a União Europeia, o TTIP está sob compasso de espera, mas, por outro lado, o recuo estimulou uma tendência protecionista na Alemanha e na França, principalmente em relação ao setor agrícola, que pode afetar o Mercosul. Em outras palavras: o Mercosul não tem participado da definição das regras comerciais a nível global, o que significa que está condenado futuramente a obedecer ao que os megablocos deverão decidir. Ao mesmo tempo, não conseguiu cumprir os preceitos básicos estabelecidos pelo Tratado de Assunção, em 1991, transformando-se em união aduaneira, a princípio, e em mercado comum, apesar dos acordos alcançados por Brasil e Argentina em alguns setores. O que se espera é que o Mercosul, com a exclusão da Venezuela, que não cumpriu aquilo com o qual havia se comprometido no momento de sua adesão em 2012, alcance maior visibilidade, chegando a acordos com outros blocos, processo que pode ser iniciado com a conclusão do diálogo aberto com os países da Aliança do Pacífico (Chile, Peru, Colômbia, México e Costa Rica), cujos números na área de comércio superam os do Mercosul. Infelizmente, porém, até agora, o que se tem visto é muita conversa.  De resultados práticos, quase nada.

Comércio exterior: perspectivas para 2017

Dados da Organização Mundial do Comércio (OMC), com sede em Genebra, mostram que a maior parte das compras e vendas entre nações é realizada por meio de acordos comerciais bilaterais ou por blocos. Isso significa que, apesar da leniência com que o assunto foi tratado pelos últimos governos brasileiros, ampliar a rede de acordos é fundamental para o Brasil. Só assim o País deixará o atual isolamento em que se encontra para participar ativamente do comércio global. De 1991, quando se tornou membro do Mercosul, até 2013, o Brasil só havia assinado acordos de livre-comércio com Israel, Egito e Palestina, além de tratados de preferência tarifária limitados com Índia e África do Sul. Naquele mesmo período, como mostram os dados da OMC, houve no mundo uma explosão de acordos regionais ou bilaterais, ou seja, 543, do quais 354 ainda estão em vigor. Na América do Sul, os chilenos abriram o mercado para 21 países, enquanto os mexicanos assinaram 13 acordos. Peru e Colômbia seguiram caminho idêntico e selaram, respectivamente, 12 e 11 acordos de livre-comércio, incluindo Estados Unidos e União Europeia. [epico_capture_sc id=”20887″] Para o Brasil, de relevante, só houve a participação no Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul). Mas só agora, em outubro, em Nova Déli, o governo brasileiro assinou um conjunto de documentos que busca integrar o comércio e o desenvolvimento dos países do grupo. Os textos abrangem temas como desburocratização e facilitação de comércio, fomento do comércio de serviços, cooperação entre micro e pequenas empresas, promoção das exportações e maior coordenação das políticas comerciais dos cinco países. Nada mal, pois, afinal, os Brics representam um Produto Interno Bruto (PIB) de mais de US$ 16 trilhões. No âmbito da OMC, o Brasil assinou um Acordo de Facilitação de Comércio que permitirá uma redução de 40% nos prazos médios de exportação e importação, com impactos positivos sobre a competitividade das mercadorias e sobre o PIB. Com a implementação completa até o fim de 2017 do Portal Único de Comércio Exterior, que deverá desburocratizar os processos de importação, exportação e trânsito aduaneiro, o governo espera um crescimento significativo nos números do intercâmbio com os Brics. Outra porta que se abre para a ampliação dos números do comércio exterior brasileiro são os Acordos de Cooperação e Facilitação de Investimentos (ACFI), que já foram assinados com Moçambique, Angola, México, Maláui, Colômbia, Chile e Peru e que estão com negociações concluídas com Índia e Jordânia. Todas essas iniciativas deverão ampliar as vendas ao exterior de produtos e serviços brasileiros, além de incentivar o fluxo de investimentos. A expectativa que fica é com relação a diretrizes a serem adotadas a partir de janeiro pelo novo governo dos Estados Unidos, que são hoje o principal destino de exportações de manufaturados brasileiros. Em 2015, o Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC) e o Departamento de Comércio dos EUA assinaram um Memorando de Intenções sobre Normas Técnicas e Avaliação da Conformidade, que procura eliminar obstáculos, reduzindo a burocracia e custos e prazos no cumprimento de exigências técnicas necessárias à atividade exportadora. O que se espera é que esse entendimento venha a prosperar.

Despachante aduaneiro na exportação: qual a sua área de atuação?

Despachante aduaneiro Despachante Aduaneiro: você conhece a importância deste profissional? Sabe como ele pode utilizar a sua expertise para ajudar você a decolar nas vendas para o exterior? Muitos empresários deixam de contratar este profissional, e arriscam fazer, eles próprios, a liberação aduaneira, por achar que é um custo a ser evitado. Descobrem depois que o barato pode sair muito mais caro. Pensando nisto, gravei este vídeo de 10 minutos para explicar a importância do despachante aduaneiro, sobretudo na exportação. Terceirizar este serviço e concentrar o seu tempo em controles internos e no atendimento das necessidades do importador, vai fazer toda a diferença na sua exportação. Assista a este vídeo e depois deixe o seu like e o seu comentário.