Mais de R$ 12 bilhões foram gastos em propaganda oficial, na última década, mostrando o Brasil como uma grande potência econômica e social, quando na verdade, tudo não passa de uma grande farsa.
O Orçamento da União para 2012 é de R$ 2,2 trilhões. Como os serviços da dívida, INSS, transferências constitucionais, pessoal, saúde e educação engolirão 74% desse total, sobrarão apenas 26% para todos os investimentos e outras despesas.
A dívida total da União era de R$ 1,1 trilhão em 2002, subiu para R$ 2,4 trilhões em 2010 e saltou para R$ 2,6 trilhões em 2011. O aumento dos gastos inúteis, sistemático desperdício decorrente da incompetência e corrupção, gerou um déficit fiscal de R$ 101,3 bilhões. Só os juros desta dívida vão consumir R$ 655 bilhões, este ano.
Em 2002, o déficit da Previdência era de R$ 41,4 bilhões. Em 2011, mais que dobrou, fechando em R$ 89,5 bilhões. Destes, R$ 54,2 bilhões se referem ao pagamento das aposentadorias e pensões dos servidores da União.
Mas, o Estado brasileiro não para de inchar. Nos últimos 09 anos, a União admitiu 196.509 mil servidores, aumentando a folha de pagamento de R$ 75 bilhões, em 2002, para R$ 183,3 bilhões, em 2010 e para 197 bilhões, em 2011.
A saúde recebeu cortes de R$ 5,5 bilhões e ficou com apenas R$ 72,1 bilhões este ano. Em meio ao caos, milhares de brasileiros morrem sem atendimento, mais de 14 milhões não têm acesso a água tratada e 100 milhões não têm esgoto sanitário.
O Brasil apresenta a 7ª maior taxa de analfabetismo (9,6%) entre os 28 países da América Latina; e, entre 65 países avaliados no Pisa, somos o 53º colocado em Leitura e Ciências e o 57º em Matemática.Ainda assim, o governo cortou R$ 1,9 bilhão da Educação, que vai receber apenas R$ 33,4 bilhões, em 2012.
A violência assassina mais de 50 mil brasileiros todos os anos, a maioria por envolvimento com drogas, para as quais não existe programa eficiente de prevenção ou tratamento.
[epico_capture_sc id=”21731″]O ‘espetacular’ Bolsa Família representa apenas 0,6% do PIB e 25% dos brasileiros estão habilitados a receber essa transferência de renda, destinada aos miseráveis. Ainda assim, nosso coeficiente de Gini, que mede a desigualdade social, estacionou em 0,54 – o 3º pior da América Latina.
No ranking do Índice de Percepção da Corrupção, despencamos do 45º lugar, em 2002, para o 73º lugar em 2011, entre 182 países pesquisados.
O PAC empacou, o PIB não decola, Copa e Olimpíadas podem ser um fiasco por atraso nas obras e superfaturamento, e a política de ascensão das classes sociais, alicerçada no consumo, se firma como de endividamento e financeirização da pobreza.
Este é o Brasil de verdade!
Martha parabens pelo artigo
cordialmente
Nicola Minervini