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Eu posso importar apenas uma parte do contêiner?

Sim, pode.  Na verdade, é bem mais comum importar apenas uma parte do contêiner, do que se imagina.

Você pode importar 1/3, metade, 2/3 ou o contêiner cheio. Tudo vai depender da estratégia que você irá aplicar, da quantidade de dinheiro disponível ou da sazonalidade que aquele produto requer.

Então, como isso acontece?

A importância do agente de carga

Se você importar um contêiner cheio de produtos, poderá optar por contratar um agente de carga (NVOCC) ou o armador diretamente.

Mas você necessitar importar apenas uma parte do contêiner, então vai precisar de um agente de carga.

Este agente será responsável pelo recebimento daquela carga parcial, alocação em um armazém na origem, e depois a estufagem desta carga em um contêiner com outras mercadorias, de outros importadores.

Este processo de alocação de várias cargas, de diversos importadores, em um contêiner, com origem e destino comuns, chama-se consolidação de carga.

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O embarque LCL (Less Container Load)

Na verdade, o mercado conhece esta operação como embarque LCL, de Less Container Load.

Não há restrição também, que este processo tenha vários exportadores para um único importador.

Complicou?  Eu explico.

Você está em um processo de compra internacional, com vários fornecedores, mas o quantitativo de mercadorias não irá encher um contêiner.

Então você contrata um agente de carga, que irá receber as mercadorias de vários fornecedores, consolidar e embarcar para o destino, mesmo que o total de mercadorias não seja possível encher um contêiner.

Nestas situações, o agente de carga preenche o restante do espaço com outros importadores.

A desconsolidação no destino

Ao chegar no Brasil, o agente de carga será o responsável por fazer o redirecionamento daquela carga para um terminal em zona secundária, e assim promover a desunitização das mercadorias (desova).

O importador não tem gestão para qual terminal esta carga será direcionada, o que em algumas vezes pode ocasionar uma armazenagem mais alta.

O custo da desunitização, separação daquilo que pertence ao importador, e outros serviços agregados, já estão envolvidos no orçamento inicial, que deverão ser negociados (muito bem) previamente.

Há casos ainda em que o agente de carga permanece com a carga no próprio porto, em zona primária, desde que este tenha estrutura física para receber, desunitizar e separar a carga e entregar a cada importador daquele embarque.

Como disse anteriormente, não há gestão por parte do importador sobre qual terminal esta carga será redirecionada, e ele só fica sabendo para qual terminal a carga será direcionada poucos dias antes da sua mercadoria chegar naquele porto.

Inclusive, há situações em que a mercadoria chega em um estado, é desunitizada e redirecionada para outro estado por DTA (trânsito aduaneiro).

Nestes casos, o responsável pelo trânsito aduaneiro é o agente de carga, que subcontrata um despachante no porto de entrada para promover os trâmites junto àquela alfândega.

Importar por LCL é sempre vantajoso?

A principal vantagem de se importar por LCL é que você não arcará com a totalidade do frete do contêiner, e este poderá ser dividido com outros importadores.

Às vezes, o tipo de mercadoria envolvida tem preço e peso elevado, o que pode tornar o transporte aéreo inviável, e também inviabilizar o pedido de uma quantidade que encha um contêiner.

Vamos tomar como exemplo, a compra de HD de computador.  Considere que cada unidade de HD custe 60 dólares, e pese 600 gramas.  Um contêiner pode ocupar 25.000 unidades de HD, o que traria um pedido inicial de US$ 1,500,000.00 (um milhão e quinhentos mil dólares) e 15.000 kg de peso líquido total.

Tanto frete aéreo quanto valor do pedido seria inviável para uma operação, principalmente porque HD tem uma variação muito grande de demanda no mercado interno.

A saída é fazer compras pequenas, e embarque LCL. Neste tipo de situação, o embarque consolidado é perfeito para a operação.

Porém, nem todos os locais de embarque possuem rotas regulares de carga LCL.  E aí entra a principal desvantagem.

O importador precisa pesquisar a regularidade do embarque LCL, e principalmente, o orçamento envolvido.

Às vezes, acredite, é mais barato trazer um contêiner praticamente ‘vazio’, apenas com a sua carga, do que esperar um embarque consolidado.

Pode parecer absurdo, mas eu já presenciei situações em que o valor da armazenagem, dos serviços extras cobrados pelo terminal, e das despesas adicionais cobradas pelo agente, saia quase o mesmo valor do que um contêiner FCL (Full Contêiner Load), aquele em que só há a sua carga, e você tem mais agilidade no embarque.

Se não há rotas tão regulares, e se no fim das contas os valores (LCL x FCL) quase empatam, eu não tenho dúvida de recomendar o embarque FCL, mesmo que o contêiner venha praticamente vazio.

Precisando de apoio profissional?

Você quer importar e não sabe pode onde começar?

Aqui no Comexblog mantemos uma equipe de consultores especializados, que irá lhe assessorar com demandas aduaneiras, operacionais, contábeis e fiscais.

Estamos preparados para lhe ajudar na análise e preparação da documentação necessária, além de efetuar estudos de viabilidade financeira, identificação e contratação de prestadores de serviços e também executamos o desembaraço aduaneiro.

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Se você precisar de ajuda, basta preencher este formulário que entraremos em contato, sem qualquer compromisso.

Carlos Araújo

➡️ Autor do Livro Importação Sem Segredos, do Zero ao Seu Armazém
➡️ Empresário, despachante aduaneiro e especialista em importação empresarial.
➡️ São mais de 19 anos ajudando e inspirando pequenos e médios empresários, a importar de qualquer lugar do mundo para revender
➡️ Sua missão é simplificar os passos da importação empresarial, cortando os intermediários e aumentando os lucros
➡️ Criador da Mentoria Nos Bastidores da Importação, em que ajuda empresários a dar os primeiros passos na importação

Analista de Importação Profissional

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