Cada vez mais as empresas buscam a sua eficiência global na logística, e para isto é preciso debater a ineficiência portuária da atualidade. Ela é o grande tema da atualidade, uma vez que custos logísticos já representam 11% do PIB, segundo pesquisa feita pelo Instituto de Logística e Supply Chain (ILOS). Assim, é oportuno tentar responder por que um porto de águas profundas é uma vital para o crescimento da economia local.
O Espírito Santo está em posição geográfica privilegiada tornando-o uma excelente porta de entrada para todas as principais atividades econômicas do país, devido à proximidade dos centros mais dinâmicos e desenvolvidos do País e à sua integração ao mercado internacional.
Num raio de 1.000 Km a partir de Vitória, temos uma área detentora de 35% do PIB do Brasil, o que representa um mercado consumidor de bens e serviços de mais de 60 milhões de habitantes. Adicional, há a vocação natural das exportações de Mina Gerais, do Centro Oeste, do Cerrado e uma opção para os gargalos do Rio e de São Paulo.
O grande problema de não oferecermos essa solução em serviços está na deficiência portuária e forma de acesso das mercadorias até o Cais. Seria preciso ter um porto que pudesse operar navios de grande capacidade, uma ótima infraestrutura de acesso logístico, uma retroárea eficaz e um canal de escoamento que realmente ofereça condições de o cliente ter custos reduzidos. Isto tornaria o Espírito Santo o grande Hub Port do país.
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Expertise, que é conhecimento que se adquire pelo estudo, experiência e prática, o Espírito Santo possui. Só precisa ter os investimentos necessários para atender a esta nova realidade econômica.
Como os demais portos do país, Vitória ainda sofre com a falta de dragagem. Há navios que precisam esperar a maré adequada para atracar no cais, o que gera aumentos substanciais no frete ou até mesmo a recusa por parte do armador em operar no porto. E para melhorar este cenário, a dragagem não é a única solução ou a panacéia para todos os males da precária infraestrutura portuária do estado.
Um dos pilares do PAC foi a infraestrutura logística, com a construção e ampliação de rodovias, ferrovias, portos, aeroportos e hidrovias. O Espírito Santo e o restante do Brasil até agora não assistiu a esta nova era.
Então, é preciso ter um programa de investimentos públicos para resolver gargalos estruturais, como o difícil acesso rodoviário ao porto, a falta de espaço na retroárea, o alargamento e aprofundamento no canal de navegação, novos e modernos equipamentos de operação e a construção de um novo terminal que possa abrigar navios maiores e em águas profundas.
Temos de ter um planejamento integrado, envolvendo o Governo Federal, Estadual e a iniciativa privada, com foco na cadeia produtiva, identificando as carências de cada setor beneficiado. Além disso, é preciso que as soluções sejam específicas, técnicas (e não políticas), cirúrgicas, atuando na necessidade específica da região.
O poder estatal também precisa oferecer um cenário positivo, jurídico e economicamente, em que as empresas possam atuar livremente, além de corrigir as imperfeições de mercado e as externalidade negativas, principalmente na questão ambiental e de sustentabilidade.
Elementos como planejamento integrado, foco na cadeia produtiva, soluções cirúrgicas e parceria com o setor privado propiciará um sustentável crescimento econômico, com ótimos resultados financeiros e uma logística portuária eficiente, eficaz e inteligente.
Acho que vou morrer e não verei estas soluções sere, colocadas em prática, se tratando do ES, é..to sendo negativista, não da pra pensar o contrário.