Neste mesmo período em 2009, escrevi sobre o que esperava para a logística em 2010. Naquele texto foquei minhas perspectivas para o médio prazo, em questões que insisto que ainda são tendências e/ou já são parte da nossa realidade: a primeira era sobre consciência ecológica e ambiental; a segunda sobre a maior atenção à logística urbana, no desafio de se viver nas grandes cidades; e finalmente a terceira abordava os resultados dos investimentos recentes.
Se você não leu, veja: Tendências da Logística e Supply Chain para 2010.
O primeiro ponto, a consciência, aborda o respeito ao meio ambiente e principalmente à logística reversa; o segundo, a logística urbana, refere-se a todo tipo de solução encontrada para diminuir trânsito, facilitar transportes públicos e regular o fluxo de produtos/mercadorias para dentro de conglomerados urbanos.
É o terceiro ponto que precisa de mais atenção. Apesar de os investimentos estarem sendo feitos (talvez nem tanto quanto gostaríamos), eles existem. A minha visão de logística para 2011 não é uma perspectiva diferente ou uma nova tendência, mas uma necessidade: melhorar a eficiência e a produtividade de nossos sistemas.
Se os portos estão superlotados, é preciso encontrar alternativas para evitar atrasos em embarques e no desembaraço aduaneiro. Se as estradas estão esburacadas, causando prejuízos e atrasos, é preciso mobilizar-se para utilizar as poucas ferrovias existentes ou o transporte de cabotagem. Se as máquinas não dão conta de grandes lotes de produção, mude o sistema de suprimentos e faça uma produção e distribuição contínuas.
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Não é mais tolerável que nossas empresas percam competitividade no cenário internacional por não serem capazes de encontrar soluções para os problemas diários. É nesse ambiente hostil que aparecem as oportunidades de se ter sucesso, destacando-se da multidão. Assim separa-se o grupo dos bem-sucedidos, que inovam, que arriscam, que mudam.
Temos empresas que estão entre as melhores do mundo, temos setores que são competitivos internacionalmente e temos tecnologia sendo desenvolvida localmente. Junte a isso força de vontade (e por que não um pouco de pressão política), e temos os ingredientes para uma mudança positiva.
Por isso, minha perspectiva para 2011 vem com um apelo pela eficiência, pois só assim será possível enxugar os desperdícios e convertê-los em resultados. Revise seus sistemas, tendo como guia o custo total. Talvez você perca no prazo, mas ganhe na qualidade; talvez perca no custo de transporte, mas ganhe o dobro com redução de avarias. Planeje, pense, remodele.
Em 2011, boa sorte e bom trabalho!
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