Neste embate comercial, o Brasil já cedeu em 6 setores, dos 12 que estão em negociação com o nosso país.vizinho. Só neste ano, o comércio bilateral já caiu 36%, e setores como freios, embreagens, calçados e móveis foram os mais afetados.
Tudo começou na Rodada de Doha, em que Brasil e Argentina tiveram posições diferentes nas negociações, relativos à farinha de trigo. De lá pra cá, a crise internacional pegou os hermanos em cheio, e o governo da presidente Cristina Kirchner adotou uma política protecionista contra os produtos brasileiros.
Apesar dos importadores argentinos estarem interessados em comprar produtos brasileiros (linha branca, vestuário, calçados), muitos barreiras tarifárias e não-tarifárias os impedem. Entretanto, vê-se que a redução do comércio bilateral com produtos brasileiros não acontece com os mesmos produtos chineses. E é este o grande receio dos exportadores daqui.
Vários empresários dos dois lados já sentaram a mesa e discutiram uma forma de reduzir as exportações para aquele país, mas o governo brasileiro já ameaça ir à OMC contra a Argentina, caso ela insista em não respeitar a obrigatoriedade de liberar as licenças de importação em até 60 dias, como manda a norma internacional. O clima é de total irritação com este protecionismo argentino.
E ainda tem mais. Agora, segundo o Secretário de Comércio Interior daquele país, para cada dólar importado deverá haver outro dólar exportado. Os importadores argentinos terão de assinar uma declaração em cartório, onde se comprometem a vender, em até um ano, o mesmo valor em dólar daqueles produtos que pretendem importar. Uma piada argentina de péssimo gosto.
Porém, não há consenso por parte do governo brasileiro se impetrar uma ação na OMC é o melhor caminho. Alguns dizem que a diplomacia brasileira (??) vai deixar tudo como está em nome da integração regional.
Outra piada de péssimo gosto.
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