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Como enfrentar a concorrência chinesa?

No mundo globalizado com forte concorrência internacional, é muito comum surgir na mente dos empresários brasileiros pensamentos como: “o que fazer para vencer a concorrência chinesa?”, “Está na hora de internacionalizar a minha empresa?” “Devo importar?”, “Devo exportar?”, entre outros questionamentos que fogem a rotina de boa parte das empresas brasileiras.

A solução está mais próxima do se pode imaginar e os desafios muitas vezes não são grandes muralhas a serem quebradas, porém para empresas de determinados segmentos, pode ser que seja necessário uma forte mudança estratégica e algumas vezes até mesmo de segmento.

Já foi quebrado o paradigma de que na China não há produtos de qualidade, pois se ela for solicitada será entregue, já é sabido também que as empresas asiáticas são especializadas em produção em escala, ou seja, grande volume e é nesse momento que surge a solução para o questionamento das empresas brasileiras e de todos os pontos do mundo que sofrem com a concorrência chinesa.

Valor agregado

Valor agregado é a maneira mais eficaz de se enfrentar as empresas asiáticas, não é uma tarefa das mais fáceis e está se tornando um desafio para os empreendedores, gerentes marketing e consultores do segmento.

Agregar valor pode modificar toda a forma de pensar e agir da empresa, pois toca no íntimo de cada organização que é o seu negócio e muitas vezes, é difícil para o empreendedor entender que chegou à hora de mudar, mesmo que o negócio venha gerando bons resultados ao longo dos anos, para isso é necessário ter uma visão futurista, ou simplesmente acompanhar as notícias e eventos do segmento e perceber que a presença dos chineses que antes eram mínimas e despercebidas, lá no último corredor da feira de negócios, agora já é marcante, com muita cor, brilho e som, muitas vezes apoiadas por grandes distribuidores nacionais.

Para entender como agregar valor será o grande diferencial para vencer a concorrência chinesa é preciso fazer uma simples análise dos pontos fortes e fracos (SWOT) da cultura e capacidade de produção brasileira com a chinesa.

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A característica que mais de destaca entre empresas chinesas é a forte capacidade de produção em escala, produzindo, por exemplo, calças jeans com qualidade e velocidade incrível, porém o fará com um corte básico, sem detalhes em acabamento cor e curvas.

Agora, o Brasil já é conhecido internacionalmente por produzir itens extremamente peculiares com alto valor agregado, dessa forma, o que uma confecção brasileira deve fazer para vencer a concorrência?

Investir em diferenciais competitivos, ou seja, diferenciais que as indústrias chinesas não consigam produzir em escala, isto é, cortes arrojados, desenhos sofisticados, acabamento de primeira linha e demais detalhes que podem ser percebidos pelo consumidor e conseqüentemente ter o valor agregado identificado.

Não é uma tarefa fácil, mas é eficaz e não colocará a empresa diante dos preços chineses, situação essa que vem a cabeça dos empreendedores brasileiros diariamente.

Estimular a criatividade pode ser um bom caminho, mas o sucesso dessa tática dependerá do grau de maturidade existente dentro da empresa, pois no caso de uma empresa imatura esse incentivo pode ser percebido de forma distorcida.

Além disso, internacionalizar a empresa, fazendo com que ela se torne uma exportadora pode agregar valor ao produto, pois ainda existe uma forte cultura no Brasil de consumo de produtos que possuem reconhecimento internacional.

É Justamente por isso que para algumas empresas será necessário reestruturar o seu negócio, uma confecção que produz calças Jeans básicas no Brasil, se não repensar seu negócio poderá ter problemas com a concorrência chinesa, o trabalho será mais árduo do que uma empresa que produz calça jeans com corte personalizado.

Essa é uma analogia feita em um determinado segmento que respeitando suas devidas proporções pode ser feita em qualquer segmento e assim posiciona o empresário qual o grau de risco que ele corre e a urgência de um plano de ação caso necessário.

Diogo Freitas

Diretor Executivo da empresa Atus Negócios Internacionais e Consultoria.

Analista de Importação Profissional

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