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A estrela da economia brasileira na crise: a classe C

A declaração mais recente do presidente Lula foi um elogio e uma massagem ao ego aos que ele classifica como os mais pobres, considerando-os como sustentadores da economia brasileira neste período de crise mundial (para alguns analistas já estamos saindo dela).

Atrás desta declaração existem outros fatores muito interessantes que de fato sustentaram a economia brasileira na crise mundial.  Dentre elas, a diminuição da carga tributária que teve como alvo o aquecimento da indústria e seus itens de consumo, em grande maioria, alvos de cobiça das classes C, D e E.

Por exemplo, a diminuição do IPI para automóveis deu à classe C a oportunidade de consumo de carros antes só cobiçados. Foi um ponto a favor bem coordenado e que trouxe resultados que aqueceram a economia brasileira e abriram os olhos de alguns empresários a estes novos consumistas. Afinal, como se comporta a classe C diante dos seus sonhos de consumo?

O artigo Para entender a classe C da revista Exame, demonstrou por meio de pesquisa, dois comportamentos distintos e bem definidos. São eles: o consumista e o planejador. São perfis opostos que atraem o interesse do mercado. Não se trata mais de oferecer por si só, mas como oferecer, o que oferecer e como fidelizar.

Algumas empresas já demonstraram que a conhecem muito bem, como é o caso do ramo de varejo de produtos eletrodomésticos e eletrônicos – o melhor exemplo é as Casas Bahia. Sua dedicação, de fato, foi total para conhecê-los compra por compra. Hoje são reconhecidos por estes consumidores como uma forma de adquirir seus sonhos, mesmo que a prestações pequenas e a perder de vista. Um ponto a favor à imagem imaculada das Casas Bahia.

Neste sentido, consumir para as classes C, D e E além de conquistar os sonhos de consumo aparentemente fora do seu orçamento, é principalmente preservar o nome perante o crédito. Mais um ponto a favor das Casas Bahia, por ter entendido isso há muito mais tempo que outros ramos do comércio. Oferece-se o sonho e a facilidade de tê-lo sem custar o nome no Serasa.

Isso não significa que não existam casos de inadimplência. Sim, como parte do comércio eles existem e assim como se tem aprendido o comportamento de consumo da classe C perante uma compra, assim também se espera aprender mais como ela se comporta perante uma dívida. Comerciantes mais experientes sempre apostaram na honestidade dos indivíduos da classe C.

A conclusão é que este é um período valioso de aprendizado no mercado para este novo e velho perfil consumista. Velho, porque ele sempre esteve presente mas não lhe era dada a atenção devida.

Priscilla Del Carpio

Tecnóloga em Comércio Exterior e especialista em Carta de Crédito.

Analista de Importação Profissional

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